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HOMENAGEM AO HOMEM DO CAMPO


Esse é um heroi...O caipira,o matuto,o caboclo,o sertanejo.Todos esses adjetivos,formam um só o homem do campo.È assim que vejo esse heroi,e me traz lembrança do meu querido pai.Hoje vou falar a respeito deste tão esquecido Homem do Campo. Principalmente nos momentos atuais, quando a economia brasileira canta a todos os ventos que o agro-negócio foi o responsável por boa parte do superávit econômico de nossa balança comercial, quase todos supõem que o homem do campo finalmente foi valorizado.
Ledo engano. As grandes responsáveis por este superávit econômico foram as exportações de produtos do tipo da soja, do milho, do frango, carne, e outros que são produzidos por grandes empresas, parte das vezes até multinacionais que exploram a grande fertilidade de nossas terras.
E o nosso homem do campo, o nosso caipira do interior de São Paulo ou de outros estados. Este está ainda produzindo tudo aquilo que lhe chega à mesa, os produtos que as estatísticas nem contemplam, pois são pequenos produtores que, com as próprias mãos, conseguem tirar da terra a batata, a cebola, o feijão, a cebolinha, a salsa, as frutas e tantos outros produtos que são retirados de seus sítios e de suas chácaras e levados muitas vezes de carroça ao mercado. Estes são os verdadeiros produtores, pois não dispõem de nenhum meio moderno, de nenhum maquinário que os facilite e a única ferramenta depois da velha enxada é o calo das mãos, adquirido desde a infância.
É este homem que, por trabalhar tanto tempo sem a contemplação dos serviços sociais, só conseguirá se aposentar um dia - por idade - uma vez que, como autônomos, nunca recolheram para a Previdência, e quando e se sair esta aposentadoria, antes de sua morte será a famosa aposentadoria rural de exatamente um salário mínimo.
E existe ainda um agravante sério. Os filhos destes pequenos agricultores, nunca desejarão seguir a profissão dos pais. Depois de perceberem quão dura é esta vida, desde os tempos de colégio, partirão para aprender informática ou outro ramo, com a certeza de que este é o caminho da fortuna e da liberdade.
E quando nossos filhos e netos precisarem se alimentar? Onde buscarão os produtos mínimos para não se intoxicarem só com produtos industrializados e com cargas enormes de agro-tóxicos? Já não existirão mais estes pequenos produtores... com certeza terão que tomar pílulas de vitaminas e sais minerais....
Portanto amigos, quando virem um homem da roça, passeando pela cidade, com seu sapatão, seu velho chapéu de palha desabado, com sua carrocinha amarrada ao poste, façam uma pequena reverência a ele. Dêem um sorriso de agradecimento por todos os dias de sol ou de chuva que ele passou no campo, para que você pudesse estar hoje com sua mesa farta e seus filhos bem alimentados.

Comentários

Unknown disse…
OLHA SÓ A MINA QUE ACHEI! PURA VERDADE, HOJE NÃO É MAIS AQUILO QUE ERA QUANDO EU MORAVA NA ROÇA, QUE SAUDADES BARABARIDADE.

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